De contrato renovado até o final de 2026 e recuperado de lesão, o atacante Tiquinho Soares segue sendo uma das esperanças do Botafogo parar voltar a conquistar grandes títulos no cenário nacional e sul-americano.
A renovação de contrato do atacante foi anunciada da forma que traduz o sentimento do clube e dos torcedores com o paraibano. O Alvinegro de General Severiano publicou uma frase em alusão a música cantada pela torcida em homenagem ao camisa 9.
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Gangorra de emoções desde a chegada
Contratado pelo Botafogo após passagem pelo futebol europeu, o atacante custou 1 milhão de euros (cerca de R$ 5,2 milhões) aos cofres alvinegros, em agosto de 2022. Logo de cara, Tiquinho mostrou para que veio e começou a liderar a retomada botafoguense, que fazia sua primeira temporada na elite, após disputar a Segundona em 2021.
Na temporada seguinte, em 2023, o centroavante foi de ídolo a vilão e viu um título iminente se transformar em uma frustrante vaga na pré-libertadores. Grande destaque no começo do Campeonato Brasileiro, onde o clube carioca liderava de forma isolada e o paraibano era o artilheiro, uma lesão o afastou dos gramados e, da 18ª rodada do primeiro turno até o final, o Botafogo protagonizou umas das maiores derrocadas da história do futebol brasileiro.
Ao fim do primeiro turno, o Alvinegro era o primeiro colocado, com 13 pontos de distância para o vice-líder, Grêmio. Desde então, o Botafogo passou na mão de cinco técnicos diferentes, chegou a 10 jogos sem vencer no campeonato e deixou a vantagem que tinha escapar pelas mãos. E Tiquinho, que era o artilheiro isolado, terminou o campeonato na vice-artilharia com 17 gols, dois atrás do artilheiro Paulinho, do Atlético-MG.
Para muitos, o Brasileirão foi reaberto no confronto diante do Palmeiras, no Nilton Santos, no dia 1° de novembro. Após um primeiro tempo de almanaque, onde saiu vencendo por 3 a 0, a equipe carioca sofreu a virada na etapa final, com direito a pênalti perdido por Tiquinho, que viria a se tornar o vilão da noite.
Busca por títulos de expressão
Historicamente, o Botafogo nunca foi uma equipe marcada por muitas conquistas nacionais. Porém, com a venda do clube para o empresário John Textor, que se mostra a cada dia um apaixonado pelo clube e que não mede esforços para contratar jogadores, o time carioca vive a expectativa de voltar a vencer um grande título após muitos de jejum.
O último campeonato de expressão conquistado pelo Alvinegro foi o Brasileirão de 1995. De lá para cá, anos de angústia e frustração marcam o século botafoguense. Com isso, o paraibano tem todas as credenciais para, em caso de conquistas importantes, se colocar na lista dos maiores jogadores da história botafoguense.