A repercussão de um episódio de violência envolvendo turistas em Porto de Galinhas, no litoral de Pernambuco, acendeu o alerta também na Paraíba. No último fim de semana, dois turistas do Mato Grosso foram agredidos após discordarem do valor cobrado pelo uso de cadeiras e guarda-sol na praia. Segundo o relato das vítimas, o preço inicialmente combinado quase dobrou ao final do dia e, ao questionarem a cobrança, acabaram sendo atacadas por um grupo de comerciantes, com a situação só sendo contida após a intervenção de salva-vidas.
Diante do caso, o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano de João Pessoa, Marmuthe Cavalcanti, destacou que a capital paraibana já adota medidas preventivas justamente para evitar conflitos semelhantes na orla, cada vez mais frequentada por turistas. Ele explicou que houve uma audiência junto ao Ministério Público para organizar a ocupação do espaço público, com foco nos comerciantes que utilizam a faixa de areia para fins comerciais.
“A gente teve todo esse cuidado para que os episódios vistos em outras capitais não aconteçam aqui”, afirmou.
De acordo com o secretário, os comerciantes de guarda-sol passaram por um processo de cadastramento (atualmente, são quase 80 devidamente identificados), além da delimitação de espaço e da quantidade de equipamentos permitidos por permissionário. Para o verão, está previsto um trabalho educativo aliado à orientação e fiscalização, com base no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Marmuthe reforçou que abusos não serão tolerados e que irregularidades podem resultar em punições severas.
“Identificada a irregularidade, essas pessoas perderão de imediato a sua permissão para seguir usando a nossa orla para fins comerciais”, completou, destacando ainda que o Procon poderá aplicar multas em casos de cobrança abusiva ou conflitos com turistas.