O número de estudantes matriculados no ensino médio integral no Brasil mais que triplicou entre 2016 e 2024 nas redes estaduais, passando de 393 mil para 1,3 milhão de alunos. O avanço também foi acompanhado pelo crescimento das escolas que ofertam o modelo, que passaram de 1.600 para mais de 7.000 no período.
Os dados fazem parte de um estudo do Todos Pela Educação, elaborado a partir de informações do Ministério da Educação, do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) e da Deed (Diretoria de Estatísticas Educacionais).
Apesar do aumento, a cobertura do modelo ainda é desigual entre os estados. Pernambuco, Piauí, Ceará e Paraíba ultrapassaram 50% das matrículas em tempo integral — no caso pernambucano, o índice chega a 71%. A média nacional é de 22%.
Em contrapartida, estados como Roraima, Santa Catarina e o Distrito Federal registram menos de 5% de cobertura.
Segundo Gabriel Corrêa, diretor de Políticas Públicas do Todos Pela Educação, o modelo tem efeitos que vão além do desempenho escolar.
“O Ensino Médio Integral é uma política pública estratégica, com impactos positivos amplos, sejam eles educacionais, econômicos e sociais, especialmente para os jovens mais vulneráveis. A expansão nacional dos últimos anos indica que, ao unir priorização, planejamento e continuidade, é possível ter avanços significativos”, afirmou.
O levantamento também aponta expansão de escolas em estados que partiam de níveis mais baixos de oferta, como Bahia, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul.
Além disso, redes que hoje figuram entre as líderes de matrículas em tempo integral, como Piauí, Ceará e Paraíba, também estão entre as que mais ampliaram o número de unidades.
O estudo considera como ensino médio integral as matrículas em turmas presenciais com 35 horas ou mais de atividades semanais, incluindo escolarização regular e atividades complementares.
São classificadas como escolas de ensino médio integral aquelas que oferecem ao menos uma turma presencial com carga horária mínima equivalente.
Perguntas e respostas
Qual foi o aumento no número de matrículas no ensino médio integral no Brasil entre 2016 e 2024?
O número de estudantes matriculados no ensino médio integral no Brasil mais que triplicou, passando de 393 mil para 1,3 milhão de alunos nas redes estaduais.
Como foi o crescimento das escolas que oferecem o modelo de ensino médio integral?
O número de escolas que ofertam o modelo de ensino médio integral aumentou de 1.600 para mais de 7.000 durante o mesmo período.
Quais dados foram utilizados para o estudo sobre o ensino médio integral?
Os dados são parte de um estudo do Todos Pela Educação, elaborado a partir de informações do Ministério da Educação, do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) e da Deed (Diretoria de Estatísticas Educacionais).
Como está a cobertura do modelo de ensino médio integral entre os estados brasileiros?
A cobertura do modelo ainda é desigual. Estados como Pernambuco, Piauí, Ceará e Paraíba ultrapassaram 50% das matrículas em tempo integral, com Pernambuco alcançando 71%. A média nacional é de 22%, enquanto estados como Roraima, Santa Catarina e o Distrito Federal registram menos de 5% de cobertura.
Qual é a opinião de Gabriel Corrêa sobre o ensino médio integral?
Gabriel Corrêa, diretor de Políticas Públicas do Todos Pela Educação, afirma que o ensino médio integral é uma política pública estratégica com impactos positivos amplos, educacionais, econômicos e sociais, especialmente para os jovens mais vulneráveis. Ele destaca que a expansão nacional dos últimos anos mostra que, com priorização, planejamento e continuidade, é possível alcançar avanços significativos.
Quais estados ampliaram a oferta de escolas de ensino médio integral?
O levantamento aponta a expansão de escolas em estados que tinham níveis mais baixos de oferta, como Bahia, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul. Além disso, estados como Piauí, Ceará e Paraíba, que hoje lideram em matrículas em tempo integral, também ampliaram o número de unidades.
Como é classificado o ensino médio integral segundo o estudo?
O estudo considera como ensino médio integral as matrículas em turmas presenciais com 35 horas ou mais de atividades semanais, incluindo escolarização regular e atividades complementares. As escolas de ensino médio integral são aquelas que oferecem ao menos uma turma presencial com carga horária mínima equivalente.