(crédito: Facebook/Reprodução)
A visita ocorreu à tarde, após o arcebispo do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, Dom Orlando Brandes, ter criticado o governo na homilia pela manhã
Na tarde desta terça-feira (12/10), o presidente da República, Jair Bolsonaro, visitou o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, no feriado nacional católico em homenagem à padroeira do Brasil. Ao chegar ao local, foi vaiado e aplaudido pelos fiéis. Os presentes proferiram palavras como “genocida”, ‘lixo”, “assassino e “mito. Ele acenou à população e não fez discursos ou comentários. Depois, participou brevemente de uma missa e fez uma pequena leitura na cerimônia.
Na visita, Bolsonaro ainda abraçou o arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, que, durante a homilia pela manhã, na mesma basílica, fez críticas ao armamento da população e à disseminação de notícias falsas – o presidente estava de máscara no local, mas tirou a proteção ao abraçar o clérigo, que também estava sem o equipamento.
Na ocasião, o padre relembrou uma mensagem do Papa Francisco, durante sua visita ao Brasil em 2013, e fez um apelo pelo desarmamento. O arcebispo já demonstrou discordar da política social do presidente Bolsonaro em outras ocasiões.
Arcebispo pede por “pátria sem armas”
“Para ser pátria amada seja uma pátria sem ódio. Para ser pátria amada, uma república sem mentira e sem fake news. Pátria amada sem corrupção. E pátria amada com fraternidade. Todos irmãos construindo a grande família brasileira”, disse Dom Orlando Brandes durante a missa.
Sem citar Bolsonaro, o arcebispo criticou a política de governo no combate à pandemia de covid-19, lamentou a morte de mais de 600 mil pessoas e enalteceu o poder da ciência e a importância da vacina. “Mãe Aparecida, muito obrigado porque na pandemia a senhora foi consoladora, conselheira, mestra, companheira e guia do povo brasileiro que hoje te agradece de coração porque vacina sim, ciência sim e Nossa Senhora Aparecida junto salvando o povo brasileiro.”